IRPF 2025: quais tipos de erros na declaração mais chamam a atenção do Leão? Descubra
27 de março de 2025
Contábeis
Com o início do prazo de entrega do Imposto de Renda 2025 e mais de 2 milhões de declarações entregues ao Fisco nestes primeiros dias, é essencial que o contribuinte redobre a atenção no preenchimento das informações – especialmente agora que a declaração pré-preenchida ainda não está totalmente liberada. Um pequeno deslize pode levar a declaração para a malha fina, atrasando uma possível restituição e até gerando penalidades financeiras.
A Receita Federal cruza as informações declaradas com dados de diversas fontes, como instituições financeiras, prestadores de serviços de saúde, empresas e cartórios. Inconsistências entre o que é informado e o que é registrado por terceiros acendem o alerta no sistema da Receita.
Os erros mais comuns que podem comprometer a declaração do IRPF 2025
Confira os principais equívocos identificados pela Receita e evite contratempos com sua declaração:
- Erros de digitação: informar um valor incorreto por um simples erro de vírgula pode transformar uma despesa de R$ 300 em R$ 3 mil, gerando incompatibilidade com os dados do prestador e provocando retenção;
- Valores divergentes dos informes: declarar valores diferentes dos que constam nos informes de rendimento fornecidos por empregadores, bancos ou o INSS é um dos principais motivos de questionamento pelo Fisco;
- Omissão de rendimentos: deixar de declarar aluguéis, rendimentos eventuais ou valores recebidos por dependentes (como pensão, bolsas ou aposentadoria) pode ser interpretado como tentativa de sonegação;
- Uso duplicado de dependentes: é proibido declarar a mesma pessoa como dependente em mais de uma declaração. O cruzamento de dados identifica essa duplicidade facilmente.
- Despesas médicas sem comprovação: gastos com saúde podem ser abatidos, mas é necessário comprovar com recibos válidos. Despesas reembolsadas ou não dedutíveis, como remédios, não devem ser informadas;
- Confusão entre PGBL e VGBL: apenas contribuições ao PGBL podem ser deduzidas do IR. Já o VGBL deve ser tratado como aplicação financeira. Lançar valores em campos errados pode gerar distorções;
- Atualização indevida do valor de bens: o valor de imóveis e veículos deve seguir o custo de aquisição. Só é permitido acrescentar valores com base em reformas ou quitação de parcelas, com devida comprovação;
- Aluguel não declarado pelo inquilino: quem aluga um imóvel precisa informar os valores pagos, mesmo se a intermediação foi feita por imobiliária. A omissão pode resultar em multa de até 20%;
- Negócios com bens no mesmo ano: aquisições e vendas realizadas dentro do mesmo ano (como a compra e revenda de um carro) devem ser registradas corretamente na ficha de Bens e Direitos;
- Evolução patrimonial incompatível com a renda: gastos ou aquisições muito acima dos rendimentos declarados despertam suspeitas da Receita, principalmente se não houver justificativa, como herança ou venda de bens.
Como corrigir erros antes que virem problemas
Se algum erro for identificado após o envio, o contribuinte pode apresentar uma declaração retificadora dentro do prazo legal. A retificação evita a abertura de processos de fiscalização e permite regularizar a situação sem penalidades adicionais.
Utilize a declaração pré-preenchida no portal e-CAC para evitar omissões, e confira cada valor com base nos documentos oficiais. A atenção aos detalhes é a melhor forma de garantir tranquilidade na relação com o Fisco.
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